Por Fabrizio Gallas
Diretor do Sand Series Classic Brasília, Bruno Ferreira concedeu entrevista exclusiva ao Beach Mania e reforçou a importância da competição que completa cinco anos e tem a maior premiação e é um dos Sand Series, ou seja, um dos Grand Slams do Beach Tennis.
“O evento faz cinco anos. Em 2021 mudou um pouco a história do Beach Tennis, pelo nível de profissionalização que o evento teve, foi um divisor de águas da modalidade. Foi o primeiro evento que vendeu ingresso, primeiro evento em grade de TV, com uma equipe profissional tocando o evento, acho que faz parte da história do Beach Tennis por isso. Estou muito feliz de estar no quinto ano realizando um evento tão grande”, disse Bruno que destacou a grandeza da competição.
“Não é fácil colocar um evento ‘de pé’, demanda muito recurso. Temos um apoio grande do governo federal para que se realize. O evento começou já com um tamanho razoável, mas neste ano montamos ‘uma cidade’, tudo do zero, com 20 mil metros quadrados, ao lado da Arena BRB Mané Garrincha, lugar de Copa do Mundo e Olimpíada, então conseguimos trazer o evento para um palco muito grande, na via mais importante da cidade, onde passam mais de 120 mil carros por dia. Estou muito feliz de realizá-lo com esse tamanho, essa estrutura, e quem ganha é o Beach Tennis, a gente faz tudo isso para que o esporte cresça de uma maneira sustentável e profissional.”
Premiação Recorde e busca por aproximação do tênis
Esse ano o evento irá pagar US$ 109 mil em premiação, sendo US$ 100 mil para o torneio Sand Series mais premiações de duplas mistas e o BT 50: “É a maior premiação do mundo na história do Beach Tennis, este ano vamos ter Ilhas Reunião também com US$ 100 mil, a gente também tem o BT 50 e as mistas, então esse ano é a maior premiação da história e da temporada. Quando comecei a fazer o Sand Series, quando aceitamos esse desafio da CBT, meu compromisso era aumentar a premiação para chegar perto do tênis.”
O objetivo é se aproximar, em um futuro próximo, do patamar de torneios de primeira linha do tênis: “A modalidade ainda é muito jovem, tem muito para crescer e se profissionalizar, mas a nossa tendência é para chegar perto de um ATP 250, para que os jogadores possam se sustentar com o Beach Tennis, para que a premiação possa turbinar a carreira deles e que possam se preocupar só com a carreira. Esse ano a premiação mínima colocada pela ITF foi de US$ 75 mil (em torneios Sand Series), havia começado com US 30 mil (ano passado foi US$ 50 mil), então realmente está crescendo ano a ano. É fruto do trabalho de várias pessoas: vocês da imprensa, atletas, entidades. Acho importante frisar que o esporte só cresce com as entidades fortes, a Federação local, Confederação de Beach Tennis, ITF, são muito importantes nesse processo, organizando, colocando tudo na mesma linha, conseguindo as verbas públicas, a televisão, para que possamos tratar as pessoas que passam por aqui todo dia muito bem.”
Público
O evento esse ano dobrou de tamanho – ano passado foram 11 mil metros quadrados.. Tudo é construído do zero, em 12 dias. A quadra central tem capacidade para 2.100 lugares e a quadra 2 tem 750 lugares, e todas as quadras tem arquibancadas cobertas. A expectativa é receber 10 mil pessoas ao longo da semana, o qualifying já tem uma movimentação de cerca de mil pessoas, e entre quinta, sexta e sábado devemos ter mais de três mil pessoas por dia: “Os ingressos quase esgotaram nas principais áreas, principalmente nos melhores espaços. Isso mostra que a modalidade cresceu, e cresceu de forma sustentável. Seja a pessoa que paga R$ 20 ou os que pagam R$ 5 mil nos camarotes, estão aqui para curtir um bom evento, não só com beach tennis, mas com várias atividades, praça de alimentação, as principais marcas do esporte estão aqui. A gente tenta melhorar isso a cada ano, várias questões técnicas e funcionais sempre tem a melhorar. Temos uma experiência muito grande no tênis, e queremos trazer esses parâmetros, com Rio Open, Brasil Open, Copa Davis, trazer um pouco dessa atmosfera e dessa experiência”, contou.
Próxima Edição
Se o evento neste ano é grandioso, o objetivo é ser ainda maior em 2026: “Com certeza já estamos pensando no ano que vem, mas primeiro vamos entregar essa edição, é um evento que demanda um alto investimento, não só público mas também privado. Então a gente já começa a pensar em soluções e financiamentos de projetos, primeiro começamos com isso, para depois começar de pé o evento. Hoje recebemos recurso do orçamento federal, e Brasília tem um programa muito forte em se tornar uma capital do esporte, com UFC, Liga Mundial de Vôlei, Iron Man, Mundial de Vôlei de Praia, Sand Series, Brasília Champions de Tênis, então vários eventos estão vindo para a cidade com esse apoio do governo para trazer grandes eventos.”
